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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Palavras do Papa no Reino Unido incomodam ateus

A viagem apostólica do Papa Bento XVI ao Reino Unido continua, em meio a polêmicas. Dessa vez, são os ateus britânicos que se manifestam contra as declarações do Sumo Pontífice. A frase que os inquietou foi proferida por Sua Santidade durante o encontro com a rainha Elizabeth II, em Edimburgo. “Enquanto refletimos sobre as graves lições do extremismo ateu do século vinte, nunca nos esqueçamos de como a exclusão de Deus, da religião e da virtude na vida pública leva, no fim das contas, a uma visão truncada do homem e da sociedade.”
A reação dos non-believers foi imediata, segundo assinalou a BBC Brasil. “A noção que foi o ateísmo dos nazistas que os levou ao extremismo e a visões cheias de ódio, ou que [o ateísmo] de alguma forma alimenta a intolerância na Grã-Bretanha hoje é uma calúnia terrível contra aqueles que não acreditam em Deus (…). A noção de que são as pessoas não-religiosas no Reino Unido que hoje querem impor suas opiniões – vinda de um homem cuja organização se empenha internacionalmente em impor sua forma estreita e excludente de moralidade, além de enfraquecer os direitos humanos de mulheres, crianças, gays e muito outros – é surreal.” As afirmações estão contidas em uma nota que foi emitida pela Associação Humanista da Grã-Bretanha.
Qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento histórico tem consciência de que os regimes totalitários do século XX eram regimes de base ateísta. Basta ler um pouquinho de Marx, ou dos discursos ofensivos de Lênin, para se chegar à conclusão de que o socialismo, responsável pela morte de milhões de pessoas no século passado, era materialista. O nazismo também é recheado dessas noções socialistas. A diferença era que o discurso de Hitler se voltava não contra os burgueses, mas contra os judeus, “considerados indignos de viver”, por serem considerados um entrave ao desenvolvimento político e econômico da Alemanha. Eliminando a noção religiosa da vida eterna pós-morte, os marxistas revolucionários lutaram com todas as suas forças para implantar, já aqui nesta terra, um paraíso. Em nome de um futuro hipoteticamente redentor, assassinaram milhares de pessoas, que seriam consideradas um entrave para a implantação desse modelo social. Todos esses genocídios em massa que ocorreram no século passado são sim conseqüência de uma forma de pensamento que exclui Deus e a religião da sociedade. O Papa apenas afirmou uma verdade que pode ser facilmente observada olhando simplesmente para a história do século XX e para os livros dos defensores do marxismo.
Quanto à tentativa de “impor suas opiniões”, é infelizmente isso que estamos observando no mundo moderno, quando vemos tantos humanistas defendendo, p. ex., leis que impedem as pessoas de manifestar suas posições frente aos atos homossexuais. Imposição essa que, de tão arbitrária, assume formas cruéis e desumanas. Pensamos, nesse sentido, no intolerável crime do aborto, que massacra o corpo de um ser inocente e destrói psicológica e fisicamente uma mulher. É contra essas formas de pensamento totalitárias que a Igreja vem se manifestando.
Então, quem é que enfraquece os direitos humanos de mulheres, crianças e gays? Será mesmo a Igreja? Será que, quando um sujeito defende a descriminalização do aborto, ele está realmente lutando pelos direitos humanos das crianças? Será que quando uma criatura defende, por exemplo, a lei da mordaça gay, ela não está “impondo suas opiniões” às outras pessoas, impedindo que se manifestem livremente contra um ato com cuja prática não têm obrigação de concordar?
Durmam com esse barulho.
Por Everth Queiroz Oliveira           http://beinbetter.wordpress.com/

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