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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Só as universidades católicas que conservam sua identidade têm futuro, diz autoridade vaticana

Em entrevista concedida à agência ACI Prensa, que encabeça o grupo ACI do qual ACI Digital faz parte, para falar sobre este "documento estupendo que proporciona o espírito à universidade católica" e que regula estes centros de estudos em todo mundo, o Cardeal se referiu às duas importantes razões que levaram João Paulo II a escrevê-la e apresentá-la em 15 de agosto de 1990: A primeira, disse, era a importância que dava à universidade católica à qual o Papa peregrino dedica um parágrafo especial ao final do texto sobre o testemunho católico.
A segunda, comentou, era que João Paulo II considerava necessário gerar uma legislação que estabelecesse a missão das universidades católicas, assim como o contorno jurídico para sua criação.
Depois de assinalar que desde que a Ex-Corde Ecclesiae saiu à luz, 250 universidades foram criadas em todo o mundo com a determinação de permanecer nesta identidade, o Cardeal recordou que um teólogo que ensina em uma casa de estudos católica deve ter as coisas claras.
"Para ser teólogo a pessoa deve acreditar nas Sagradas Escrituras e na Tradição, e deve estar unido ao Magistério da Igreja. É arriscado que uma pessoa queira ser mais importante que este Magistério da Igreja", precisou.
Logo depois de recordar a exortação apostólica "segue vigente atualmente em todo lugar", o Cardeal alertou que "se uma universidade católica perde sua identidade, se converte em algo similar a outras universidades, ela se faz então virtualmente menos significativa e isso é um grande desafio, ou um grande problema".
Ao comentar que ele recebeu distintas queixas e reclamações de pessoas que estudam em universidades católicas por receber conteúdos e ensinamentos que não estão de acordo com os ensinamentos da Igreja qualificando este tipo de centros de estudos de "hipócritas e mentirosos", o Cardeal vaticano indicou que elas "têm razão e o mesmo se aplica para as escolas católicas".
"A Ex-Corde Ecclesiae não exige uma ‘grande reforma’, o documento é atual, é uma aproximação muito realista e em si mesmo tem um grande dinamismo para fazer da universidade católica algo muito importante hoje em dia… quando se vive um relativismo cultural e moral que gera muito dano", disse.
"O que se necessita no contexto moderno de permissivismo e relativismo é que a universidade católica defenda a verdade, a verdade objetiva", acrescentou.
Seguidamente explicou que as universidades católicas não se devem comparar umas às outras, mas procurar no documento o contexto para seu desenvolvimento porque "ali se ressalta o ideal da universidade católica, e acredito que estudar o texto é muito mais produtivo" que olhar para as "distintas realidades" ou outras universidades para ter uma guia.
Ao ser perguntado sobre a perspectiva do Papa Bento XVI sobre a educação católica atual, o Cardeal Grocholewski disse que ele é "um grande entusiasta da universidade católica. Ele praticamente se alegra quando a universidade católica progride e preserva sua identidade" e destacou que o Pontífice sempre o alenta a "lutar pelo futuro das universidades católicas".
Fonte"ACI

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