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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Cursilistas: A ALEGRIA SEGREDO DO CRISTÃO

As leituras do 3º domingo do Advento nos propõem o tema da alegria. O Senhor Jesus que vem no Natal nos traz a boa noticia que somos amados por Deus, e em conseqüência a alegria se torna característica do verdadeiro cristão.
Às vezes nos interrogamos sobre o que nos espera na chegada à eternidade: talvez um exame severo dos dez mandamentos como vivemos neste mundo. E se ao invés, fossemos interrogados sobre a alegria? Que lugar ocupou em nossa existência? Se fomos cristãos alegres? Se nossa vida contagiou de alegria os outros?
            O escritor inglês Chésterton afirmou: “A alegria é o gigantesco segredo do cristão”. É surpreendente a afirmação diante do julgamento que às vezes se ouve de que a religião cristã é julgada como triste, cansativa, melancólica, ou ao menos muito séria. A palavra de Deus hoje nos mostra que a fé comporta um explícito apelo a viver na alegria.
            Na primeira leitura, o profeta Sofonias, 3,14-18, encoraja os habitantes de Jerusalém tomados pelo terror diante de tantos inimigos que os agrediam: “Alegra-te e exulta de todo o coração, cidade de Jerusalém”. O motivo da glória é preciso: a presença do Senhor no meio de seu povo:  “O Senhor teu Deus, está  no meio de ti, o valente guerreiro que te salva, Ele exultará de alegria por ti, movido por amor;  alegrar-se-á por ti, entre louvores, como nos dias de festa”.
A presença de Deus, anunciada pelo profeta foi plenamente realizada em Cristo. João Batista percorria a região do rio Jordão e, diz-nos o evangelista Lucas, “com muitas exortações anunciava ao povo a boa nova”. Anunciava aos homens a boa notícia que o Messias Jesus estava no meio deles.
Também o apóstolo Paulo recordava aos primeiros cristãos a alegria como dimensão normal do cristão: “Alegrai-vos no Senhor, sempre. E o repito ainda, alegrai-vos!” É como um novo mandamento: Vivei plenamente a alegria cristã. Encontrar-nos com Jesus significa vir a ser informados por ele que somos amados pelo Pai como seus filhos.
Aceitar Cristo comporta um empenho de vida serena agora na terra à espera de ser acolhidos pelo Pai um dia na sua casa. Naturalmente não se consegue uma alegria irresponsável, barulhenta, vulgar, estridente, carnavalesca. Ao contrário, uma alegria interior, profunda, do espírito: como era evidente nos santos.
Don Bosco dizia: “A alegria é a mais bela criatura saída das mãos de Deus, depois do amor”.
Santo Agostinho: “Existe uma alegria ignorada pelos ímpios, mas que tu, Senhor, dás a quem te serve generosamente. Alegria és tu mesmo, e ela faz feliz a vida”.
Santa Joana d´Arc: “Nós valemos quanto vale a nossa alegria”.
Papa João XXIII: “A alegria é expressão de uma vida sadia e tranqüila,  tornada e animada pela graça divina”.
São Francisco de Sales: È preciso fazer com alegria e serenamente quanto façamos: é o verdadeiro modo de fazer o bem e de fazê-lo bem”.
Madre Teresa de Calcutá explicava às suas irmãs: “A nossa alegria é o melhor modo de pregar o cristianismo”. E acrescentava: Quem está cheio de alegria prega sem pregar.
Santo Agostinho conclui: “Para o cristão, a alegria é um dever”. Alegria operosa, estimulante de iniciativas a preocupar-se com os outros, a empenhar-se em uma vida plena.
Assim compreenderam os que seguiam a João Batista para poderem perguntar-lhe: “E nós que devemos fazer?” E João respondia-lhes: “Não tomeis à força dinheiro de ninguém, nem façais falsas acusações; ficai satisfeitos com o vosso salário!” (Lucas 3, 10-18).
O apóstolo Paulo aos Filipenses, 4,4-7, falava com extrema clareza aos primeiros cristãos: “A vossa afabilidade seja percebida por todas as pessoas”. “Não vos angustieis por nada, mas, em toda necessidade, mostrai a Deus os vossos pedidos com orações, súplicas e agradecimentos.
O cristão sabe ser alegre também na luta própria da vida, na dificuldade, na dor, porque a sua serenidade, a sua paz profunda apóia-se em Deus. Ele o sustenta e o salva também na prova, na queda, na derrota. Numa palavra. A alegria dá ao cristão uma novidade de vida. Contente por saber ser amado por Deus.
Dom Geraldo M. Agnelo, Cardeal Arcebispo de Salvador

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