Seja Bem- Vindo!!

sábado, 19 de março de 2011

Sinal dos Tempos: Padres usam hipnose para curar

A hipnoterapia ou hipnose, técnica natural que possibilita à pessoa solucionar os próprios problemas, vem sendo usada pela Igreja Católica para ajudar a curar depressão, traumas e outros males. Sessões de relaxamento também são outro recurso eficiente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que em 2020 a depressão será uma das principais causas de incapacidade para o trabalho em todo o mundo, só superada pelas doenças cardíacas. Outro dado da OMS é que de cada 100 pessoas em todo o mundo 15 tiveram ou têm a doença.
Na paróquia Imaculado Coração de Maria, no bairro Santa Cruz, pe. Oscar Clemente, com mestrado em Teologia Bíblica nos Estados Unidos e formação em Parapsicologia, atende uma média de 20 pessoas por semana. Desde que começou a estudar o assunto, em 2008, ele atendeu mais de 200 pessoas com resultados positivos.
Uma sessão apenas não basta. Pesquisa do psicólogo americano Alfred A. Barrios, PhD, publicada pela American Health Magazine, aponta que a psicanálise tem 38% de casos resolvidos em 600 sessões; a terapia comportamental, 72% de casos resolvidos em 22 sessões; a hipnoterapia tem 93% dos casos resolvidos em seis sessões.
No Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o padre Dionísio Correia dos Santos, psicólogo formado pela Unip, já atendeu mais de 6 mil pessoas nos últimos 20 anos, com atendimento no plantão psicológico e na sua clínica. Em Catanduva, o bispo Otacílio Luziano da Silva tem formação em Parapsicologia com o padre Oscar Quevedo, especialista no assunto, e pretende aplicar a técnica na sua diocese.
O atendimento na Santa Cruz é de segunda-feira a sábado. Padre Oscar terminou um curso de Hipnoterapia Ericksoniana, em Águas de São Pedro, ministrado em inglês por especialistas: Paul Adler, Jairo Mancilha, Berndt Stern, Robert Dilts e Fábio Puentes. A técnica foi criada pelo psiquiatra americano Milton Erickson, assim resumida: “um processo em que ajudamos as pessoas a utilizar suas próprias associações, memórias e potencial de vida para alcançar seus próprios objetivos terapêuticos.”
Como é a sessão
Na hipnoterapia, a sessão começa com um papo descontraído (se for homem, a conversa cai naturalmente no futebol) e passa-se ao relaxamento. Em seguida, aplica-se o tapping (pancadinhas leves e ritmadas) nos joelhos do paciente, nos antebraços e nos dois lados da cabeça.
Acompanhando o ritmo, a pessoa é hipnotizada, mas não perde a consciência. O padre vai então dirigindo a conversa para o rumo do trauma ou problema que precisa ser resolvido. Ele sempre pede para a pessoa dimensionar o tamanho do problema usando as mãos que vão se abrindo até onde der. No fim, ele repete o pedido, e as mãos quase se juntam. Sinal que o problema ou trauma está sendo reduzido.
Na última quinta-feira, o bancário Pedro Lucas Cajuela, 28 anos, de Mirassol, passou por uma sessão com padre Oscar. Veio para falar da sua necessidade de foco na profissão: ele quer ser advogado, mas ainda não se encaminhou para tal, talvez por opiniões de familiares.
Mas durante o relaxamento e a hipnose, padre Oscar levou-o até um problema que o aflige desde os 15 anos: insônia. Com o tapping, o padre foi induzindo Pedro até uma idade em que ele passou a não dormir. “Vi a cena direitinho. A casa estava em reforma, e eu dormia no sofá da sala. O sono ficou tumultuado porque estava tudo fora de lugar na casa e eu custava a dormir. De manhãzinha, quando eu não aguentava mais e ia cochilar, os pedreiros chegavam e começava a barulheira. Revi tudo aquilo, o sofá no meio da sala, os pedreiros à minha esquerda,” contou Pedro, que nem foi ao padre Oscar para falar da dificuldade de dormir.
Desde aquela época, ele dorme só das 5 às 8 da manhã, mas nunca associou a insônia ao período da reforma da casa. Com tão poucas horas de descanso, ele vai trabalhar com a cabeça pesada de sono e muita informação simultânea no cérebro. “Fico pensando nas coisas de ontem para resolvê-las no dia seguinte. Fico sobrecarregado de informação. Aí não durmo, mesmo.” No dia seguinte, a reportagem ligou para Pedro: ele tinha dormido uma hora a mais.
Padre Quevedo inspirou bispo de Catanduva
Para o bispo de Catanduva, dom Otacílio Luziano da Silva, a Parapsicologia (que engloba a hipnoterapia) é um recurso valioso para evangelizar. Ele tem formação com o padre Oscar Quevedo, no CLAP (Centro Latino Americano de Parapsicologia), em São Paulo, e já ajudou mais de 400 pessoas antes de ser ordenado bispo.
Padre Quevedo criou o CLAP para atender casos e estudar fenômenos paranormais, e sobretudo para desmistificar casos que o povo cria, principalmente as camadas mais incultas da sociedade. Quevedo é um religioso crítico, sempre chamado em situações muito evidentes na mídia para uma palavra final sobre o assunto. E ele sempre dá opinião sincera e definitiva. Sua posição é que: “desde que bem-formado, o padre pode usar terapias como a hipnose. Caso contrário, é charlatanismo.”
Fonte: http://www.diarioweb.com.br/

0 comentários:

Postar um comentário