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quarta-feira, 30 de março de 2011

Santa Sé defende fim de conflitos armados na Líbia

A Santa Sé participou, na qualidade de Observador, da Conferência Internacional sobre a Líbia, que aconteceu nesta terça-feira, 29, em Londres. O organismo vaticano foi representado pelo Núncio Apostólico na Grã-Bretanha, Dom Antonio Mennini.

"A expectativa principal, acredito, tanto entre os países da 'coalizão' quanto entre os outros Países que foram convidados juntamente conosco, é a de poder verdadeiramente facilitar o alcance daquele objetivo indicado pelo Santo Padre no domingo passado, [...] que se chegue o mais rapidamente possível ao fim dos conflitos armados para poder começar a pensar em um 'road map' [roteiro] que restabeleça não somente a paz na Líbia, mas que signifique também a retomada de uma vida normal e civil por toda a população líbia, sem exceções nem de posicionamentos ideológicos, políticos, nem tampouco de religiosos e étnicos", disse o Núncio.

A violência continua crescente em meio aos conflitos no país do norte da África. A Conferência londrina deu vida oficialmente a um grupo de contato político sobre a situação na Líbia, bem como ratificou que o controle das operações fica a cargo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A próxima reunião acontecerá no Catar

Da Conferência hospedada pelo premier inglês David Cameron, participaram 46 representantes, incluindo o secretário-geral da Liga Árabe, um delegado especial da Líbia e o secretário-geral da ONU, que sublinhou o empenho humanitário da Otan. Os representantes do governo de transição líbico não foram convidados para o encontro. Os "Aliados" decidiram manter a ação militar até Kadafi obedecer à ONU.

Todos os países estiveram de acordo em não realizar uma guerra sanguinária, mas uma solução política parece ser aquela menos provável. O Núncio Apostólico disse que também é muito importante estabelecer um programa finalizado não somente para definir os auxílios mais imediatos, materiais, mas também um processo concreto, constituído por etapas, incluindo eventos políticos, para restabelecer um cenário baseado na justiça e na paz.

"Creio que as palavras do Santo Padre e a ação da Santa Sé também significam um auxílio para redescobrir todas aquelas que são as aspirações mais profundas e genuínas de toda a família humana. Família que vive, de um modo ou de outro, desejosa pela recomposição da unidade de que nós, crentes - e sobretudo nós católicos - cremos estar na Igreja, - como diz o Concílio Vaticano II - o símbolo, o Sacramento dessa recomposição de todas as famílias da humanidade inteira. Nesse sentido, creio que sabemos que não há paz sem perdão e, nessa dimensão, imagino que a Igreja católica na Líbia poderá desempenhar um papel muito importante e imprescindível", concluiu.

Fonte: Canção Nova

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