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sábado, 27 de novembro de 2010

Intolerância religiosa foi discutida na Câmara de Ilhéus

 A Câmara de Vereadores de Ilhéus recebeu na manhã desta sexta-feira (26), uma Audiência Pública para discutir a Intolerância Religiosa em Ilhéus –A Invasão do Assentamento Dom Helder Câmara. Na oportunidade foi discutida a invasão feita por policiais da 70ª Companhia Independente de Policia Militar de Ilhéus (CIPM) a festa no Terreiro Ylê Axé Odé Omí Uá, culminando com a agressão à yalorixá e líder regional Bernadete de Souza. 
 Para Bernadete Souza, a intolerância religiosa e a discriminação racial ainda predominam no estado "mais negro do Brasil". A yalorixá acusa os policias militares de terem jogado ela em um formigueiro após o momento que o orixá foi incorporado por ela.
 Ainda segundo a sacerdotisa, os moradores questionaram os policiais sobre a operação ser feita sem mandato judicial, uma vez que o assentamento sob a jurisdição do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). "Os policiais reagiram enquadrando homens, mulheres e crianças, sob mira de metralhadoras, pistolas e fuzil", afirma. Na versão da Polícia Militar, a ação ocorreu após receber denúncias de que havia drogas e armas no local, fato que não foi comprovado na operação.
 Bira Coroa, deputado estadual e presidente da Comissão de Promoção da Igualdade da Assembléia Legislativa (AL), disse que a ação da polícia ainda está sob investigação. "É um crime de intolerância religiosa que não pode ficar impune", definiu. Além de representantes da AL do Estado, estiveram presentes na Audiência Pública, Policiais Militares, Ministério Público e diversos terreiros de candomblé.

Fonte: Agravo

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