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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Epidemia de dengue ameaça verão em Salvador

Tanques e tonéis, vasos e pratos de plantas e o lixo mal acondicionado. São esses os principais focos de infestação do mosquito da dengue, que deixou Salvador em alerta contra uma possível epidemia neste verão, a partir da divulgação do Levantamento do Índice de Infestação Rápido do Aedes aegypti (Liraa) pelo Ministério da Saúde, na última quinta-feira, ao lançar a campanha nacional de combate à doença.
O novo slogan da campanha deixa claro o tamanho da responsabilidade do cidadão: “Dengue: se você agir, podemos evitar”. Salvador lidera as capitais em alerta, que têm risco médio de epidemia, com 3,5% dos imóveis com focos do mosquito.
Para as autoridades em saúde, a participação das pessoas na prevenção a uma nova epidemia é fundamental. “A população precisa se conscientizar de que a dengue é uma doença que pode matar e precisa tomar cuidado para que o mosquito não esteja em seu domicílio”, adverte a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue da Secretaria Municipal de Saúde, Eliaci Costa.
As ações preventivas são simples e já conhecidas da população: tampar tonéis, tanques e recipientes que acumulam água; não deixar água nos vasos e pratos de plantas; limpar as calhas e os ralos de casa; ter cuidado com o descarte do lixo, pois até uma tampinha de garrafa pet pode juntar água suficiente para o mosquito da dengue se desenvolver.
Adaptação - Eliaci Costa observa ainda que têm sido encontrados focos do mosquito em recipientes com água barrenta ou com detritos como cimento, o que contraria a crença de que a larva da dengue só prolifera em água limpa. “O mosquito começa a se adaptar ao ambiente”, explica.
Colocar água sanitária em valas e ralos pode matar as larvas do mosquito e contribuir com a prevenção. Mas, no caso dos ralos, o ideal mesmo é deixá-los tampados, descobrindo-os apenas quando necessário. O lixo mal acondicionado também é perigoso, pois o mosquito só necessita de quantidades mínimas de água para depositar seus ovos. Por isso, não se devem deixar expostos materiais como latas, garrafas e pneus, que podem acumular água.
Uma epidemia de dengue é especialmente perigosa nesta época do ano porque o verão traz as condições propícias para a proliferação do mosquito. As chuvas rápidas e esparsas multiplicam os criadouros, enquanto o clima quente encurta o ciclo de vida do mosquito, que se transforma de ovo a mosquito adulto em oito dias, dois dias a menos que o usual.
No verão passado, foi detectada a volta do sorotipo 1 do vírus da dengue, o que aumenta o risco de jovens de zero a 15 anos contraírem a doença. A última vez que isso aconteceu foi no final dos anos 90, o que quer dizer que quem não teve contato com o vírus não conta com anticorpos para combatê-lo.
Como se prevenir
Locais de foco do mosquito Tanques e tonéis – 37,1%; vasos e pratos de planta – 22,6%; materiais inservíveis (lixo) – 21,9%; calhas, lajes, ralos – 8%; pneus – 5%; caixas d’água – 4,2%

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