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domingo, 21 de novembro de 2010

Aventura trágica: adolescentes decapitadas tinham fugido de casa - Salvador

Uma aventura de adolescentes que acabou em tragédia. As amigas Janaína Cristina Brito Conceição, 16 anos, e Gabriela Alves Nunes, 13, fugiram de casa, no Engenho Velho de Brotas, na tarde de quinta-feira, deixando para trás um bilhete que dizia: “Ficaremos bem”. No entanto, a rebeldia lhes custou a vida. Os corpos das jovens foram encontrados decapitados e com marcas de tortura na noite de sexta-feira, no bairro de San Martin.

Na manhã de ontem, parentes reconheceram as vítimas no Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues. Segundo o padrinho de Janaína, que não quis se identificar, a adolescente vivia em atrito com o pai, o sargento do Corpo de Bombeiros, Zardival Rubens Bassalo Conceição. “Ele é muito religioso e não queria que ela frequentasse festas até altas horas da noite”, disse. O padrinho contou que chegou a entrar em contato por telefone com Janaína, logo depois que ela fugiu de casa. “Ela me disse que não ia voltar e que estava bem”, afirmou.

Em estado de choque, Flávia Alves, mãe de Gabriela, disse que a filha nunca teve problemas de relacionamento dentro de casa. “Era uma menina boa, se dava bem com todo mundo. Nós sempre demos tudo a ela. Não consigo acreditar que fizeram uma barbaridade dessas com uma criança”, lamentou.

De acordo com Flávia, a filha ainda fez contatos com ela depois que saiu de casa. Por volta das 18h de sexta, Gabriela ligou para mãe dizendo que estava bem. Uma hora depois, a menina fez a segunda chamada, em desespero, dizendo que falaria aonde estava, mas a ligação foi interrompida.

“Eu lembro que ouvi a voz de um homem dizendo a ela que se ela voltasse para casa iria apanhar e a ligação caiu”. Pouco depois das 21h, a família recebeu mais uma ligação. Desta vez, um homem pediu R$ 50 mil de resgate para liberar as duas garotas. “Ele disse que se não pagássemos cortaria a cabeça de minha filha e foi o que fez”.

Zardival, pai de Janaína também recebeu um telefonema pedindo resgate. “O homem me ameaçou e além do dinheiro pediu duas armas, dizendo que sabia que eu era policial”. Segundo ele, nesse momento, o bandido passou o telefone para a jovem. “Ela me falou ‘pai, agora é sério, ele disse que vai me torturar’. Quando falei que não tinha a quantia que ele queria, ele disse: ‘Mil reais dá para você enterrar sua filha?’ e desligou”.

Crueldade Os corpos das duas garotas foram deixados por volta das 23h, na rua Diva Pimentel, em San Martin. Segundo testemunhas, um Fiat Punto de cor verde teria transportado os cadáveres. “Pararam o carro no início da rua, jogaram as meninas e deram um tiro para cima querendo chamar atenção”, conta uma moça que prefere não se identificar. O veículo, de placa JRZ-2320, foi abandonado em seguida na rua Bom Jesus da Lapa, também em San Martin. Segundo a polícia, o local aonde as meninas foram encontradas é um ponto de tráfico de drogas. 

O padrinho de Janaína foi até o local. “A cena era chocante, foi de uma crueldade tremenda”, contou. Ele só deu a notícia para o pai da menina na manhã de ontem. “Contei que tinham achado dois corpos, sem dizer que era dela e nós fomos para o IML, chegando lá, ele reconheceu a filha.”

Fonte: correio

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