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sábado, 11 de setembro de 2010

De 2001 a 2010 – O 11 de Setembro mais tenso depois dos atentados terroristas

Faz nove anos que aconteceu o 11 de Setembro. Aqui em Nova York está um dia de sol como a terça-feira dos maiores atentados terroristas da história. Mas o mundo mudou muito depois dos ataques. Além das duas guerras, no Iraque e no Afeganistão, começamos usar expressões como jihadistas, Al Qaeda, Taleban, radicalismo islâmico, e a conhecer cidades como Basra, Cabul, Kandahar, Najaf.
Em 2001, Barack Obama era tão desconhecido que não havia sido citado por nenhuma publicação brasileira. Hillary ainda era apenas a mulher de Bill Clinton. Yasser Arafat liderava os palestinos. A Intifada se intensificava. Saddam Hussein vivia ignorado e enfraquecido no Iraque, sendo lembrado apenas em episódios de South Park. Um moderado, para os padrões do regime de Teerã, governava o Irã. A Síria ainda ocupava o Líbano. Fernando Henrique Cardoso estava na Presidência do Brasil. Obviamente, na Venezuela, já era Hugo Chávez. O papa era João Paulo II. Em 2001, 11 de Setembro era apenas a data do golpe militar no Chile.
Nove anos depois, o Bin Laden ainda está vivo e solto. O Saddam Hussein, que nada teve a ver com os atentados, morto. Khalid Sheikh Mohammed, verdadeiro mentor dos atentados, está preso em Guantánamo.
Este será meu sexto 11 de Setembro em Nova York. Certamente, o mais tenso de todos. Até o ano passado, a data era marcada com discrição em Nova York. A cerimônia se restringia apenas à leitura dos nomes das vítimas no Ground Zero. Neste ano, estão previstos confrontos e protestos dos EUA ao Afeganistão.
A polícia de Nova York, preocupada com possíveis atos hostis na cidade, reforçará a segurança neste ano ao redor do Ground Zero. Haverá protestos contra e a favor a construção de um centro islâmico a duas quadras de onde estavam as torres do World Trade Center. Os policiais também temem ações contra outras mesquitas na cidade onde muçulmanos celebrarão o fim do Ramadã.
Nos últimos dias, o crescimento da islamofobia em Nova York foi marcado pelo esfaqueamento de um taxista. Outras ações contra muçulmanos e suas propriedades foram registrados no país. Ao mesmo tempo, houve um envolvimento maior de muçulmanos americanos em ações violentas no país e no exterior. Um soldado de origem muçulmana matou 14 militares em uma base do Exército do Texas em novembro, um iemenita de origem americana se transformou no mais perigoso líder da Al Qaeda no exterior e um outro muçulmano tentou explodir um furgão no meio do Times Square em maio.
Fonte : Estadão

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