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terça-feira, 8 de junho de 2010

SOBRE CORPOS ESTRANHOS INTRODUZIDOS NO CURSILHO - (4)

3. Um pouco de qualidade total na evangelização: diante do que foi dito, pode-se
concluir que temos de evitar, a todo o custo, o DESPERDÍCIO. Um dos mais sérios
desafios da empresa moderna é, justamente, o desperdício. Seus dirigentes sabem que
jamais haverão de alcançar a qualidade total na produção enquanto não conseguirem
derrotar esse poderoso inimigo e superar esse obstáculo. O tempo urge, mais do que
nunca. As mudanças e transformações são rápidas e radicais, já o dissemos, e de tal
fenômeno pós-moderno todos os dias fazemos a experiência. Não podemos, pois,
dar-nos o luxo, quem sabe até há pouco justificado, quando as coisas caminhavam mais
devagar e o tempo parecia mais lento, de desperdiçar tempo, carismas, capacidades e
outros recursos materiais ou de pessoas.
a) Desperdício de tempo: no Cursilho, sobretudo se em dois dias, o tempo é medido,
contado, e espremido. É o mínimo do mínimo para se passar satisfatoriamente a
mensagem. Não é mais possível prolongar uma mensagem à qual se destinaram
quarenta minutos para uma hora ou hora e meia... A cultura moderna – os meios de
comunicação, a internet – fez as pessoas mais visuais do que auditivas. Hoje, com efeito,
é totalmente antipedagógico e abusivo querer que alguém preste atenção num discurso
de mais de quarenta minutos (já é muito!) quando a TV, por exemplo, em 30 segundos,
grava uma mensagem na mente das pessoas!!! É com esse “vírus” que todos nos
acostumamos.
b) Desperdício de material: isso se faz de muitas maneiras. Um exemplo?
Apresentações de cozinha que duram uma eternidade. O tempo correndo e cada um
fazendo seu discurso! Perdem-se horas e horas, gastando-se dinheiro, na produção de
um material supérfluo, de badulaques, penduricalhos, enfeites exagerados e, portanto,
absolutamente inúteis; lembrancinhas de todos os gêneros que não dizem nada;
invenção, confecção e apresentação de coisas que estão mais para futilidades materiais
do que para o essencial: tocam o sentimental mas não movem as vontades e nem
favorecem tomadas de decisões fundamentais. Serei eu, então, contra qualquer
manifestação desse tipo? Não. Um cartãozinho contendo um pensamento bíblico, uma
frase do evangelho ou uma palavra de Jesus colocado diante do prato, nas refeições,
será um precioso lembrete para o cotidiano das pessoas. Distribuir flores e mais flores,
onerando os custos de um Cursilho, é um abuso. Uma comida que saia do hábito comum
dos participantes, é mais um abuso. E, a meu ver, um abuso grave nos dias de hoje. Num
Brasil injusto, de excluídos e de famintos marginalizados. Tenho observado isso em
alguns cursilhos. Depois, queixa-se do custo do material imprescindível para os
Cursilhos: que o crucifixo está caro demais; que o “Peregrinando com Cristo” custa os
olhos da cara; que “A Mensagem do MCC” é inacessível, etc. (quando todo mundo está
cansado de saber que o repasse desse material é quase a única fonte de renda para a
manutenção do MCC nacional).
Pe. José Gilberto Beraldo
Assessor Nacional MCC

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