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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Papa retorna com "alma cheia de gratidão" da viagem ao Chipre

A viagem apostólica à Ilha de Chipre foi o ponto central da Catequese de Bento XVI nesta quarta-feira, 9, na Praça de São Pedro.

"Queridos irmãos e irmãs, retornei ao Vaticano com a alma cheia de gratidão a Deus e com sentimentos de sincero afeto e estima pelos habitantes do Chipre, pelos quais me senti acolhido e compreendido", disse o Papa com referência ao país que visitou entre os últimos dias 4 e 6.

O aspecto histórico da visita vale ser ressaltado, já que esta foi a primeira vez que um Pontífice foi à Ilha. "De fato, nunca antes o Bispo de Roma havia ido naquela terra abençoada pelo trabalho apostólico de São Paulo e São Barnabé, e tradicionalmente considerada parte da Terra Santa", salientou.

O Santo Padre destacou que a Comunidade católica no Chipre esforça-se para ser um só coração e uma só alma, tanto em nível interno (ritos armeno, maronita e latino) quanto nas relações com os ortodoxos e integrantes de outras expressões cristãs.

"Possam o povo do Chipre e as outras nações do Oriente Médio, com seus líderes e representantes da diversas religiões, construir em conjunto um futuro de paz, amizade e fraterna colaboração. E rezemos a fim de que, através da intercessão de Maria Santíssima, o Espírito Santo torne fecunda esta viagem apostólica, e anime no mundo mundo todo a missão da Igreja, instituída por Cristo para anunciar a todos os povos o Evangelho da verdade, do amor e da paz".

Itinerário

Bento XVI disse que cumpriu sua viagem como um peregrino do Evangelho, lembrando que a presença na antiga cidade de Paphos lhe fez sentir como que "envolto por uma atmosfera que parecia quase a síntese perceptível de dois mil anos de história cristã".

Ali, aconteceu uma celebração ecumênica entre católicos, armenos, luteranos e anglicanos, além dos ortodoxos, que são maioria no Chipre e aos quais a história do país está fortemente relacionada.

"Este enraizamento na tradição não impede à comunidade ortodoxa estar empenhada com decisão no diálogo ecumênico juntamente com a comunidade católica, ambas animadas pelo sincero desejo de reconstruir a plena e visível comunhão entre as Igrejas do Oriente e do Ocidente", desejou o Papa.

Bento XVI lembrou que propôs às autoridades civis e diplomatas a importância de se valorizar a lei natural para a promoção da verdade moral na sociedade. "Foi um apelo à razão, baseado sobre princípios éticos e carregado de implicações exigentes para a sociedade de hoje, que muitas vezes não reconhece mais as tradições culturais sobre as quais está fundada".

O Pontífice recordou também o encontro com a Comunidade católica, onde assegurou sua lembrança na oração, "incentivando-os a testemunhar o Evangelho também mediante um paciente trabalho de confiança recíproca entre cristãos e não cristãos, para construir uma paz duradoura e uma harmonia entre os povos".

Na Santa Missa celebrada na paróquia da Santa Cruz, o Papa fez uma reflexão sobre o mistério da Cruz e dirigiu um forte apelo aos católicos do oriente Médio, "a fim de que, apesar de grandes provações e as bem conhecidas dificuldades, não cedam ao desânimo e à tentação de emigrar, posto que sua presença na região constitui um insubstituível sinal de esperança".

A Missa em Nicósia, capital do país, para a entrega do Instrumentum laboris da Assembleia Especial para o Oriente Médio do Sínodo dos Bispos, que acontece em outubro, no Vaticano, é apontada pelo Papa como o momento culminante da visita.

"[Esse evento] será acompanhado pelo afeto orante de toda a Igreja, em cujo coração o Oriente Médio ocupe um lugar especial, porque é exatamente ali que Deus se deu a conhecer aos nossos pais na fé", disse, recordando que uma das intenções da celebração também era pela alma do falecido presidente da Conferência Episcopal da Turquia, o Bispo Dom Luigi Padovese.

Por fim, o Papa lembrou sua visita à Catedral Maronita de Nicósia: "Renovei minha sincera proximidade e minha fervorosa compreensão a toda a comunidade da antiga Igreja maronita espalhada na Ilha, cujas memórias históricas e artísticas constituem um patrimônio cultural para toda a humanidade".
 
Fonte: Canção Nova

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