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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Artigo de Everth Queiroz Oliveira: Quem não crer será condenado

Há vários tipos de católicos no seio da Igreja. Há os cristãos que buscam cumprir com fidelidade as promessas que seus pais fizeram por eles no seu Batismo e estão incorporados à Igreja de alma e coração; defendem a fé dos apóstolos e têm um alicerce teológico e espiritual sólido para combaterem contra os perniciosos erros do mundo moderno. Há os cristãos que creem na Igreja, que acreditam em vários elementos da fé, mas, por não possuírem base sólida para defendê-la, abalados pelas tempestades do mundo moderno, acabam perdendo a fé; até têm um leve desejo de obedecer, mas, dando ouvidos à preguiça, acabam não buscando os meios corretos para viver essa obediência; por praticarem uma fé “herdada da família”, agem com tibieza diante dos mistérios da Igreja e se deixam levar pela indiferença. Mas há também os cristãos – melhor seria dizer: infiéis – que se infiltram no seio da Igreja, mas não querem se submeter de modo algum ao que diz a Igreja, o Papa, os santos doutores e os mandamentos da lei de Deus. Dizem-se católicos, mas, na verdade, vão à Missa duas vezes na vida: uma vez para batizar e outra para se casar. E isso quando querem verdadeiramente viver o sacramento do Matrimônio, pois, na maioria das vezes, não vão à Igreja receber a bênção de Deus pelo simples fato de ela ser dispensada pelo padre, “um pecador como qualquer homem” (é o que esses “católicos” dizem).
A que poderiam ser comparados esses últimos católicos? Certamente, encaixam-se perfeitamente no perfil de Judas Iscariotes, aquele apóstolo que traiu Jesus. Sim, entre os doze havia um infiel. Hoje, na Igreja, no entanto, tem-se a impressão de observar múltiplos judas. São vários os traidores. São, primeiramente, hipócritas, porque dizem ser uma coisa que, na verdade, não são. Perguntados sobre qual religião frequentam, têm respostas variadas. Uns dizem: “Sou católico, mas não concordo com umas coisas que a Igreja fala…”; outros são “católicos espíritas” (pode uma coisa dessas, meu Deus?): “Ah, vou à igreja nos domingos, mas durante a semana vou lá ao centro espírita receber um passe…”; alguns até conseguem disfarçar bem, não manifestam sua insatisfação com a Igreja a primeiro momento, mas não é muito difícil localizar os traços de traição em seus discursos: “A gente tem que ser religioso, mas também não pode ser radical, afinal, religião não salva ninguém e todos os caminhos conduzem a Deus…” E quando você diz a essas pessoas que seus juízos são contrários aos ensinamentos da Igreja, elas não se conformam e te chamam ou de fanático ou de fundamentalista.
É impossível não se lembrar, nesse contexto, das convenientes palavras do Cardeal Joseph Ratzinger, enquanto decano do Colégio Cardinalício: “Ter uma fé clara, segundo o Credo da Igreja, muitas vezes é classificado como fundamentalismo. Enquanto o relativismo, isto é, deixar-se levar ‘aqui e além por qualquer vento de doutrina’, aparece como a única atitude à altura dos tempos hodiernos.” (Missa Pro Eligendo Romano Pontifice, 18 de abril de 2005) Na ocasião, o cardeal condenava esse catolicismo hipócrita, que se diz católico, mas “tira o corpo fora” quando tem que reconhecer verdades que desagradam aos seus projetos e planos. Essa religiosidade porca que muitos cristãos seguem – será que não percebem? – está em total contradição com o espírito do Evangelho! Jesus… Quem foi Jesus? Foi uma pessoa que pregou a importância da caridade, mas também foi aquele homem que, sendo Deus, foi obediente até a morte, e morte de Cruz. Deus desce a terra e obedece! E o homem, que é pó, ousa desobedecer… Mais que isso: ousa tentar enganar Deus, porque mente descaradamente.
Comete sacrilégio. Vai à Missa, não acredita em nada o que diz a oração do Credo – depois de tanto ver filmes e ler livros que atacavam a fé, acabou por acreditar em baboseiras escritas por qualquer idiota – e comunga. Acredita em um ou outro artigo do Credo. Duvida até do que “Creio em Deus Pai”, mas mesmo assim comunga. Perdeu a noção do que é sagrado. Não acredita na presença real de Cristo na Eucaristia. Não acredita que as Escrituras são inspiradas pelo Espírito Santo. Não acredita de jeito nenhum que o Papa é infalível. Não se confessa com padre nenhum. Conta toda a sua vida para o dono da venda da esquina, mas se recusa a contar seus pecados “para um pecador como qualquer outro”. Às vezes acredita que é importante viver o Matrimônio “até que a morte os separe”, mas acha que se a coisa apertar, a separação é a melhor saída. Se o casamento acabar, não tem problema… Pratica o adultério. Enfim, precisa falar mais alguma coisa? E alguém duvida que o Brasil está cheio de “católicos” desse tipo, apóstatas obstinados em seus pecados?
Viver o cristianismo é muito mais que se sentar em um banco de igreja e dizer que se é católico. Viver o cristianismo significa fazer com que a nossa fé seja concretizada na prática da caridade. Mas é preciso ter fé! “Quem não crer será condenado” (Mc 16, 16), diz o Senhor. Como nos apresentaremos diante de Deus? Estamos realmente preparados para o encontro com o Juiz?
Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!
Fonte: http://beinbetter.wordpress.com

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