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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Juventude e Missão

Quando governos e estados inseriram na sua pauta de prioridades a juventude, a Igreja Católica já contava um longo e significativo percurso em investimentos e presença na vida da juventude. É interessante considerar os últimos cinqüenta anos.
Contudo, é importante ter presente que a juventude sempre esteve na pauta da ação evangelizadora da Igreja Católica. Uma revisitação da história missionária da Igreja Católica comprova, de maneira significativa, esta aposta missionária e comprometida com a vida da juventude. Não tem muito tempo, no entanto, que a juventude passou a ser prioridade social e política no horizonte das políticas públicas no coração da sociedade, também da sociedade brasileira.
Lamentavelmente, a realidade da juventude tenha se agravado quando se considera a violência crescente que está dizimando tantos jovens num dos momentos mais significativos de seu desabrochamento.
Na verdade, há uma verdadeira guerra dizimando a juventude.
Os quadros e os números, particularmente nas periferias das regiões metropolitanas, assustam e clamam aos céus por uma ação mais incidente e rápida. Esta violência dizimando a juventude está fecundada pela pobreza e exclusão social, pelo veneno das drogas e pela permissividade da sociedade contemporânea.
As políticas públicas promovidas pelas instâncias governamentais, diante do quadro complexo e da lista de necessidades dos jovens, ainda é um desempenho pouco significativo.
É demandado considerar as providências, investimentos e prioridades, em relação à juventude, como urgência urgentíssima, ainda quando se deve reconhecer progressos e respostas, desde que a juventude entrou na pauta das prioridades governamentais.
A Igreja Católica continua consolidando esta determinação e comprometimento com a juventude, ao celebrar neste mês de Outubro, particularmente, o Dia Nacional da Juventude, no horizonte rico e desafiador deste mês missionário.
Em outubro, mês missionário, a Igreja Católica no mundo inteiro renova a consciência do seu compromisso quando todos os seus membros são convocados a fixar o seu olhar nEle, Cristo Jesus, o missionário de Deus Pai, tendo bem presente suas palavras aos primeiros apóstolos escolhidos por Ele a quem confiou a missão: “Como o Pai me enviou, eu também vos envio, e soprando sobre eles disse: “Recebei o Espírito Santo””, Jo 20,21-22. Assim como no Evangelho de Mateus, 28,19: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Juventude e missão, um binômio que reacende no coração da Igreja a força de uma convocação para gerar comprometimentos determinantes com a vida, a vida plena de todos, particularmente dos jovens, dos jovens pobres e excluídos.
A celebração do dia nacional da juventude e do dia mundial das missões, neste terceiro domingo de outubro, remete a todos ao tesouro de preocupações e indicações que este quase meio século último tem sido de empenho da Igreja Católica apostando e tudo fazendo pela juventude.
Já no Concílio Vaticano II, 1962-1965, acontecimento que mudou o rumo da vida e ação missionária na Igreja Católica, tornando-se fonte perene de referência de seu caminhar missionário no coração do mundo, a juventude está em pauta. Em 18 de novembro de 1965, promulga-se o Decreto Apostolicam actuositatem, sobre o apostolado dos leigos, quando se reconhece o lugar especial da juventude: “Os jovens exercem uma influência da máxima importância na sociedade atual. As circunstâncias da sua vida, a sua mentalidade e as próprias relações com a família estão muito mudadas. Enquanto, porém, cresce de dia para dia a sua importância social e também política”. A II Conferência dos Bispos da América Latina, em Medellín, 1968, um ano do protagonismo da presença da juventude, professava: “A juventude, tema digno do máximo interesse e de grandíssima atualidade, constitui, hoje, não somente o grupo mais numeroso da sociedade latino americana, como também uma grande força nova de pressão”.
Em Medellín a Igreja dedica, pois, um capítulo de reconhecimentos na realidade e de indicações para o comprometimento missionário. Em 1979, na III Conferência Geral dos Bispos da América Latina, veio a proclamação comprometedora: “A Igreja confia nos jovens. Eles são sua esperança”, reafirmando posições claras a respeito da juventude. Ali se fez uma opção preferencial pelos jovens, definindo linhas de comprometimento e de ação.
Em Aparecida, 2007, a Igreja renova, em estreita união com a família, de maneira eficaz e realista, a opção preferencial pelos jovens, com o compromisso de dar novo impulso à pastoral da juventude, propondo aos jovens o encontro com Jesus Cristo vivo, seu seguimento na Igreja, a qualificação dos processos de educação e amadurecimento na fé com resposta, e a promoção plena de sua vida.

Fonte: CNBB

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